O presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, ainda faz mistério sobre as chances de contratar o agora desempregado técnico Muricy Ramalho. O dirigente afirma que não existe nenhuma negociação em andamento, mas não poupa elogios ao falar do técnico.
O Muricy é um fantástico treinador, de um currículo notável, quatro vezes campeão brasileiro. É um comandante de méritos absolutamente consagrados, tanto que já foi cogitado pela seleção brasileira no ano passado. Enfim, trata-se de um profissional sério, comprometido, dedicado, e que sempre que estiver disponível no mercado irá interessar ao Santos.
O treinador anunciou na noite de domingo (13) sua saída do Fluminense, após o empate sem gols contra o Flamengo pela Taça Rio – o segundo turno do Campeonato Carioca. Ele alegou falta de estrutura no clube carioca, embora os maus resultados e a demissão do vice-presidente de futebol, Alcides Antunes, tenham influenciado na decisão.
Muricy interessa ao Santos porque o clube não tem treinador desde a demissão de Adilson Batista. Apesar de demonstrar interesse no treinador, Luís Álvaro garantiu que Marcelo Martelotte dirige o time pelo menos até a próxima quarta-feira (16), pela Libertadores, quando o Santos pega o Colo Colo.
– O nosso foco, nesse momento, está totalmente voltado para o duelo em Santiago, diante do Colo Colo. Por isso, acho que seria um desperdício de forças e uma incompetência da nossa parte iniciar uma conversação com o Muricy antes disso. Vamos aguardar o jogo contra o Bragantino e, após isso, iremos sentar para conversar sobre ele. No Santos, as decisões são tomadas por um colegiado. Vamos ouvir todos os nossos pares e, se tomarmos a iniciativa de começar as negociações, o Marcelo Martelotte será avisado.
Muricy tem um currículo vitorioso: faturou quatro vezes o Campeonato Brasileiro – três vezes com o São Paulo, em 2006, 2007 e 2008, e uma com o Fluminense, em 2010. A equipe tricolor não vencia o torneio desde 1984, com Carlos Alberto Parreira.
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Antes do título nacional do ano passado, em julho, o treinador foi convidado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para dirigir a seleção brasileira, mas recusou a proposta.
Naquela ocasião, Muricy disse que não poderia deixar o time carioca “na mão” e disse que não pediria demissão – fato raro na carreira do técnico.
No mesmo dia do “fico” de Muricy, a diretoria do clube e da patrocinadora, Unimed, anunciaram a reformulação do contrato do treinador.